13 de maio de 2020
Em tempos de Covid-19, têm surgido demandas de maior atuação do Estado em diversos domínios, como na economia, saúde pública e segurança.
Nesse contexto, são necessárias políticas públicas que a garantam padrões mínimos de vida em confinamento, e por garantir que a população esteja livre de qualquer forma de violência.
Uma forma de violência que merece especial atenção é a violência doméstica. Este tipo de agressão ocorre muitas vezes de forma invisível e insidiosa, principalmente por se dar na esfera privada e doméstica, e agora ainda mais, com o isolamento social.
Através de uma ação conjunta entre a Administração Municipal de Sulina e o Ministério Público da Comarca de São João, foi lançada uma campanha de combate à violência doméstica.
No Brasil, medidas do tipo fazem-se mais urgentes, se consideramos nossa triste posição nas estatísticas mundiais de violência doméstica e feminicídio. A taxa anual de feminicídios é de 2,3 mortes para 100 mil mulheres no mundo, e de 4 mortes para 100 mil mulheres no Brasil. Isto é: nossa taxa é 74% maior do que a média mundial. A região da América Latina, como um todo, é a mais perigosa para mulheres fora de zonas de guerra, segundo a ONU Mulheres. E, a cada 3 vítimas de feminicídio no Brasil, 2 foram mortas em casa.